segunda-feira, 29 de março de 2010

Construir a paralisação do dia 30 ao lado dos trabalhadores da USP!

As últimas assembléias dos trabalhadores da USP encheram o auditório da História, expressando a disposição que este setor tem de levar à frente as mobilizações na USP. O que o Sintusp vem discutindo com eles, e que o DCE dirigido pelo MES/P-SOL se recusa a fazer entre os estudantes, é a farsa que Rodas procura impor através do seu discurso de um suposto “diálogo”. Por saber que os trabalhadores e o Sintusp representam um setor politicamente ativo na universidade e avançado na luta contra a precarização do ensino, o favorito de Serra não tardou a mostrar a que veio e começou a sua missão política: concedendo aumento para os professores por fora das negociações com o fórum das seis e quebrando a isonomia salarial, ao mesmo tempo em que dá dinheiro à calourada do DCE e enche os estudantes de promessas demagógicas, Rodas pretende isolar os combativos trabalhadores da USP. Mas não será tão fácil calar o Sintusp quanto tem sido calar o DCE.

A partir das discussões em assembléias, o Sintusp mostra que não pretende abafar as importantes lutas que ocorreram no ano passado, quando levantaram uma greve pela defesa de seu sindicato, contra a demissão de Brandão, mas que também incluía a defesa do ensino público, com a demanda do fim da Univesp (que na semana passada Rodas implementou na USP com uma canetada). Assim, os trabalhadores deliberaram por uma paralisação e um ato nesta terça-feira, 30/3.

Cabe a nós, estudantes que não aceitam ficar reféns da política de inércia da atual gestão do DCE e da maioria dos CAs, cercar os trabalhadores de solidariedade ativa neste momento, mostrando que estamos dispostos a seguir unificados na luta contra a precarização do ensino e pelo direito de organização política e sindical dos estudantes e funcionários da universidade. Em 2007 os estudantes estiveram na linha de frente na luta contra os decretos de Serra, e tanto neste ano quanto em 2009 mostramos o potencial que a aliança de trabalhadores e estudantes tem para enfrentar as políticas de precarização do ensino e de repressão na USP.

Na semana passada um bloco de 50 estudantes da USP compareceu ao ato dos professores da rede estadual, levando faixas e cartazes e se unificando com estudantes da Unicamp, Unesp, PUC e Fundação Santo André, mostrando que há uma parcela dos estudantes dispostos a construir esta luta e sabendo que ela não pode se restringir aos muros da universidade. Não há como derrotar Serra e seu capacho, Rodas, sem construir uma luta unificada de todos os setores que hoje são atacados por sua política, e neste combate nossos principais aliados são os trabalhadores da USP e os professores do estado, que após uma dura repressão por parte da PM na última sexta-feira, sairão com sua greve às ruas novamente no dia 31/3.

Por isso chamamos todos os estudantes a se incorporarem ao ato dos funcionários da USP nesta terça-feira, 30/3, com concentração a partir das 10h no prédio da História.

E também ao ato dos professores do estado no dia 31/3, às 15h, na Paulista (concentração do bloco dos estudantes da USP às 14h na escadaria da Gazeta).

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